sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pomada de insulina que acelera a cicatrização em diabéticos


A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) anunciou um creme à base de insulina capaz de reduzir o período de cicatrização de feridas em diabéticos, diminuindo o risco de amputações de membros nos pacientes. Segundo a universidade, é o primeiro medicamento deste tipo no mundo com registro de patente e que é feito à base de insulina (hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue). O produto deve chegar ao mercado até o final de 2008. Segundo os pesquisadores, é uma alternativa mais barata do que outros medicamentos que ajudam a acelerar a cicatrização em diabéticos. "Tivemos um grande sucesso com a pesquisa em animais e já iniciamos pesquisas em seres humanos. Temos 15 pacientes estudados, e os resultados são animadores. Nós queremos ampliar estes estudos para cem pacientes", disse o endocrinologista da FCM (Faculdade de Ciência Médicas) Mário Saad, um dos autores da pesquisa. De acordo com Saad, outros medicamentos para acelerar a cicatrização (sem ser à base de insulina) chegam a custar, em média, R$ 90. O novo creme pode chegar ao mercado custando cerca de R$ 10. Ele afirmou que não existe no mercado fórmula semelhante para o paciente diabético. Segundo a Unicamp, o diabetes atinge cerca de 10% da população adulta brasileira. Uma das principais dificuldades dos pacientes é a dificuldade de cicatrização de ferimentos por falta da insulina. Nos testes em ratos diabéticos, o creme à base de insulina reduziu em até seis dias o tempo médio de cicatrização. "Quanto maior o tempo da lesão aberta, maior a chance que o paciente tem de contrair infecção. Com esta pomada, nós estaremos acelerando o processo", disse a professora e enfermeira Maria Helena Melo Lima, uma das autoras. Os pesquisadores dizem que, atualmente, o tratamento de feridas em diabéticos é feito basicamente com técnicas de controle da doença e com a assepsia do local. "Algumas outras drogas podem favorecer a cicatrização, mas não acelerá-la", disse Saad. Os testes também revelaram que o medicamento não tem absorção pelo organismo e tem ação apenas no local.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=90360

Um comentário:

Ana Lúcia Mariano disse...

Muito boa essa postagem. Esse assunto é muito interessante para nós que vamos tratar desse tipo de ferida tão difícil de cicatrizar.
Parabéns pelo blog! Suas postagens estão todas muito interessantes.